Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência do governo de Jair Bolsonaro, se filiou ao Partido 
da Social Democracia Brasileira (PSDB). O evento de recepção, realizado no Rio de Janeiro, contou com a participação de João Dória, governador do estado de São Paulo. Bebianno deve assumir o diretório municipal do partido no Rio. Nesta segunda-feira (2), o Diretório Nacional do Partido Social Liberal (PSL) deve ainda se reunir para decidir se mantém a suspensão dos dissidentes do partido, determinada pela Executiva Nacional do partido semana passada; ou se vota pela expulsão deles.
Novo Tucano
A filiação de Bebianno ao PSDB busca fortalecer o partido no estado do Rio de Janeiro. Ao fazê-lo, Dória busca aumentar a influência do PSDB nas eleições para vereadores de 2020 – estratégia que pode surtir efeitos, especialmente quando se considera a situação delicada da Aliança pelo Brasil (APB) até o momento, que pode não ser formalmente registrado a tempo para as eleições. Neste sentido, vale destacar que Bebianno tem assumido uma postura abertamente crítica à Jair Bolsonaro e seus filhos, discurso este que deve ser reforçado em 2020.
Já a decisão do Diretório Nacional do PSL deve ser pela manutenção da suspensão dos parlamentares – dentre eles Eduardo Bolsonaro, suspenso por 12 meses – e não pela expulsão, tendo em vista que ao expulsá-los o partido perderia os cargos destes parlamentares. Este movimento deve contribuir para a intensificação dos imbróglios jurídicos em torno do recursos do Fundo Partidário e dos cargos do partido. Ademais, vale reforçar que mesmo que não sejam expulsos as chances destes trocarem o PSL pelo APB seguem sendo altas.
