A temporada de debates entre candidatos a cargos no Executivo nas eleições de 2022 foi iniciada neste domingo (7) entre os concorrentes aos governos estaduais. Os líderes nas pesquisas nos estados de Minas Gerais, Bahia e Paraná não participaram da primeira rodada. Para as eleições presidenciais, as empresas organizaram debates conjuntos (pool) a pedido do comando das campanhas que totalizam a possibilidade de seis encontros entre os presidenciáveis, mas os principais candidatos, Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), não pretendem participar de todos. Há debates presidenciais previstos para as seguintes datas: 28 de agosto, 2 de setembro, 13 de setembro, 14 de setembro, 24 de setembro e 29 de setembro.
Nos estados, ontem o grupo Bandeirantes de Comunicação realizou os tradicionais primeiros debates e houve ausências de Ratinho Júnior (PSD) no Paraná; Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais; e ACM Neto (União Brasil), na Bahia. Ratinho Júnior e ACM Neto disseram que tinham outras agendas e Zema alegou indisposição. Nos três casos, os ausentes foram os principais alvos dos participantes dos adversários. Do ponto de vista estratégico, ausências em debates são comuns entre líderes nas pesquisas de intenção de voto para evitar exposição com potencial de desgaste. Além disso, quem está na liderança dificilmente tem ganhos eleitorais em debates, que costumam ser mais úteis aos candidatos em posições menos favoráveis nas pesquisas.
Nos dois principais colégios eleitorais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, houve a presença de todos os principais candidatos. Em São Paulo, os principais alvos de ataques foram Fernando Haddad (PT) e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB). O ex-ministro Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro, enfrentou o ataque dos demais candidatos por não ser nascido em São Paulo e conhecer pouco a realidade do estado. No Rio de Janeiro, o embate principal ficou entre os dois principais candidatos, Cláudio Castro (PL) e Marcelo Freixo (PSB). Castro é o atual governador e em nenhum momento citou o apoio que tem do Presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez, Freixo ressaltou que apoia Lula e fez ataques ao governo de Bolsonaro.