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A popularidade no Governo Bolsonaro

Escrito por Wagner Parente | 17/02/2020 20:58:52

Um levantamento feito pela consultoria Atlas Político reforçou a imagem positiva de Sérgio Moro, Ministro da Justiça e Segurança Pública, perante a população – Moro foi bem avaliado por 55% dos entrevistados. Por outro lado, Abraham Weintraub, Ministro da Educação, é aquele com a pior avaliação entre os 13 ministros avaliados. De acordo com o levantamento, Weintraub tem uma imagem negativa para 51% dos entrevistados, ao passo que 22% o veem como positivo. Em segundo lugar figura Damares Alves, ministra da de Família, Mulher e Direitos Humanos, com 50% de avaliação negativa. Já Paulo Guedes, ministro da Economia, foi mal avaliado por 47% dos entrevistados.

Moro é o ministro com a melhor avaliação no governo – superior até a do próprio Presidente – e um dos nomes cotados para a corrida presidencial em 2022. Desde o início do governo, a relação de Moro e Bolsonaro tem passado por momentos de tensão nos bastidores, com algumas ações do ministro sendo desconsideradas pelo Presidente. Neste sentido, cresce a chance de que Bolsonaro opte por indicar Moro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal como estratégia de neutralizá-lo como concorrente à Presidência.

Weintraub vem passando por um momento delicado perante a opinião pública e o governo, tendo em vista suas declarações polêmicas e os erros cometidos na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma possível exoneração do Ministro vem ganhando força dentre os próprios aliados do presidente Bolsonaro, que além disso enfrenta pedidos de impeachment protocolados por parlamentares. Apesar disso, vale destacar que Bolsonaro é árduo defensor público de Weintraub e deve evitar criticá-lo publicamente, tendo em vista que uma parcela de seu eleitorado é muito próxima do Ministro. Similar é o caso da ministra Damares, que apesar da má avaliação ainda consegue reter um número consistente de apoiadores – 35% dos entrevistados a avaliaram positivamente. Ambos são importantes ferramentas no diálogo de Bolsonaro com seus eleitores de cunho mais ideológico, o que deve garantir certa estabilidade para ambos em seus cargos.